O ambiente de trabalho nem sempre é um lugar fácil de se estar. É natural que surjam divergências e atritos, mesmo quando todos estão comprometidos em trabalhar para o bem comum da empresa e para os mesmos resultados. É fundamental, portanto, que os gestores saibam conduzir uma gestão de conflitos adequada, visando minimizar os efeitos de uma possível ebulição de ânimos. Siga a leitura e descubra como fazer isso.
Conflitos são normais
Quando se fala em gestão de conflitos, é preciso que o gestor compreenda que os conflitos são naturais dentro do ambiente de trabalho. De acordo com Eduardo Faro, diretor da área de consultoria em pessoas e organizações da PwC Brasil, é preciso entender a organização como um conjunto de pessoas que compartilham alguns objetivos em comum, que vão além de seus objetivos pessoais. “Naturalmente, essas pessoas vão apresentar conflitos em suas relações”, explica ele.
Mas como lidar com essa situação, como proceder corretamente com a gestão de conflitos? De acordo com o especialista, é preciso buscar mecanismos de gestão capazes de resolver esses problemas. Ele alerta que, no entanto, não será possível evitar os conflitos. “Eles são inevitáveis. A busca deve ser para que esses conflitos levem de fato a uma melhora, com resultados efetivos, e não rupturas ou situações mais graves”, explica Faro.
Reconhecer é primeiro passo da gestão de conflitos
O importante é que os gestores reconheçam que podem ter de resolver situações complexas, mas que elas devem ser resolvidas em prol de uma expectativa maior, ou seja, os objetivos da empresa. Segundo o especialista, uma boa gestão de conflitos está diretamente relacionada à criação de uma cultura empresarial que estimule o diálogo entre seus integrantes.
De acordo com Faro, isso significa que a empresa deve fomentar a troca de perspectivas, criando ambientes nos quais as pessoas possam se reunir para dialogar. Entre eles, o especialista cita workshops, debates em grupo e reuniões, para entender como chegar a uma conclusão desses eventuais conflitos.
“Não vejo muitas práticas formais capazes de gestão de conflitos que não passem pela cultura de que o conflito pode ser visto e interpretado como algo positivo para a organização”, explica o especialista. De acordo com ele, o desenvolvimento de habilidades como autoconhecimento e empatia podem ser adquiridos através do diálogo, e auxiliar nesse processo de gestão.
Faro também faz um alerta para a consequência de uma má gestão desses conflitos. De acordo com ele, é preciso verificar se eles são abertos ou não, e até se eles não estão sendo superestimados pelos responsáveis.
No entanto, é preciso ficar atento aos impactos, tais como baixa produtividade, perda de tempo, gasto de energia para solucionar essas divergências e até mesmo baixa inovação. “Quando você tem um processo de gestão de conflitos ineficiente, você acaba criando uma organização incapaz de inovar, pois as pessoas ficam com receio de colocar suas opiniões, que muitas vezes poderiam quebrar paradigmas”, finaliza o especialista.
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